Publicado - Mon, 12 Fev 2024
Elaine Carvalho »»»
Falamos aqui da arte de uma maneira muito simples, como uma expressão natural do espírito, levando em consideração que nós somos filhos de Deus. Sendo Deus, criador, nós somos cocriadores. Então, todos os espíritos filhos de Deus são cocriadores com as habilidades para usar desse atributo que pertence a todos nós. A nossa capacidade de criar ou cocriar está, assim, alinhada com o nosso Pai. Desta forma, a arte adquire valores ou funções diferentes, de acordo com o estágio evolutivo do espírito.
Quando o espírito está na fase de um mundo primitivo, a arte ou a capacidade de criar, assume para ele uma função religiosa, mágica ou divina. As experiências de um espírito que se encontra num estágio primitivo, te muitas vindas e idas mais rápidas, que são bem narradas no livro “Evolução em dois mundos” de André Luís. Este autor, nos traz a ideia de que espíritos primitivos, no momento existencial que se encontram, quase não compreendem a experiência do plano espiritual. E muitas vezes, ao desencarnarem, permanecem quase em estado ovoide. Eles ficam presos a um núcleo, uma tribo ou a um grupo familiar ao qual pertenciam e reencarnam muito rapidamente, porque as experiências espirituais não têm valor ou pouco valor para o espírito nesse estágio primitivo.
A experiência da arte no tempo das cavernas era algo mágico. É como se o espírito compartilhasse de uma relação muito íntima com o Pai. Isso acontecia nos momentos em que ele criava, pegando uma tinta de animal e conseguindo plasmar uma imagem que estava no seu pensamento sobre as paredes de uma caverna. Isso é uma experiência intensamente forte para um espírito que está na fase primitiva, por isso, para ele, aquilo é como a sensação de estar fazendo um mergulho profundo e de estar em conexão com o criador. Então, o valor da experiência artística, para um espírito onde o mundo se encontra numa fase primitiva é uma experiência altamente religiosa.
No mundo de prova e expiação a arte tem outra expressão e valor. Neste mundo a sensação é intensamente vivida. A vivência do prazer e da dor são muito intensas e as paixões são muito presentes. O espírito experimenta o egoísmo, a inveja e os ciúmes. A arte nesse mundo assume uma expressão de obras as quais nós queremos possuir, comprar, ter, enfim, que nos faz sentir deslumbrado com aquilo.
Num mundo primitivo, não existem os “eu”, por exemplo, onde o “eu” guarda as pinturas rupestres para todos visitarem. Agora, no mundo de prova e expiação,
existem os “eu”, porque nós contamos aquelas obras para as quais damos um valor.
Hoje, nós estamos terminando um período de prova e expiação para adentrar no mundo de regeneração. Certamente, a capacidade, a possibilidade e a habilidade de criar assumirão outras funções para a nossa evolução. Toda a situação contemplativa de nós assistirmos as obras de arte, de nós nos colocarmos como plateia ou espectadores de apresentações serão modificadas em seus atos. Porque, para um mundo onde habita, sobretudo espíritos que se regeneram, o anseio, o objetivo e a meta são outros.
Nós não estaremos para ser plateia por que nós seremos o palco da nossa regeneração. Então a arte se tornará um instrumento de burilamento e de modificação do espírito que somos. A nossa capacidade de criar se torna um atributo altamente importante no nosso processo regenerativo e as obras em si não tem um valor como se estivéssemos num museu apenas para ver. É um processo da experiência criativa que assume um valor incomparável para um espírito em regeneração.
Mon, 12 Fev 2024
Mon, 12 Fev 2024
Sat, 02 Dez 2023
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